A
história do Centro Estadual de Educação Santa-mariense nasceu do sonho e
empenho pessoal do Monsenhor André Frans Berénos que reuniu esforços para a
criação de uma unidade de ensino que atendesse às expectativas locais em torno
da educabilidade das crianças e jovens. Em 1957 foi fundada uma escola,
construída em terrenos doados à padroeira por fiéis da Igreja Católica local.
Inicialmente chamava-se Ginásio Comercial, na qual funcionavam as séries
primárias do Ensino Fundamental. Até o final da década de 1960 havia apenas
cinco salas de aula, posteriormente foram construídas mais salas. Com a
necessidade de novos cursos, surgiu a Escola Paroquial. Na década de 1970 foi
celebrado um convênio com o Estado, e, em 2017 foi encerrado esse convênio e a
Secretaria Estadual de Educação da Bahia firmou um aluguel com a Mitra
Diocesana, na oportunidade mudou-se o nome da escola, de Centro Educacional
Santa-mariense para Centro Estadual de Educação Santa-mariense.
Desde
1957, a diocese competente, por seus anteriores representantes, exercia
atividades educacionais através dos padres residentes na Paróquia de Santa
Maria da Vitória, entre outros os Pe. André Berénos, Pe. Jaime Gustineli, Pe.
Enzo e Pe. Lino, que implantavam e dirigiam as obras sociais na região. Em
1963, com a instalação da Diocese de Bom Jesus da lapa, a Mitra Diocesana deu
continuidade a manutenção do Centro Educacional Santa-mariense desta cidade. Em
1968, os Padres André Berénos e Jaime Gustineli fundaram a Associação
Educacional de Santa Maria da Vitória, registrando o estatuto da associação,
cuja destinação primeira foi “especialmente a manutenção do Colégio denominado Escola
Comercial de Santa Maria da Vitória”, tratando-se de uma sociedade civil com
fins filantrópicos, como consta nos estatutos originais registrados às fls.
88v/90 sob o nº 31 do Livro nº 1 de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
A
Diocese, por ato unilateral, verbal e revogável, a exemplo do que fez em outras
paróquias, criou associações nas paróquias, entre elas a Associação Educacional
de Santa Maria da Vitória, que só veio registrar estatuto em 1968 e cedeu a
esta a função de manter, sob a orientação da Diocese, o funcionamento do
sistema de ensino nos termos estatutários, e na mesma ocasião, cedeu, a título
gratuito, em comodato verbal, por tempo indeterminado, o imóvel de propriedade
da suplicante, no qual as atividades educacionais eram exercidas em benefício
da comunidade, situação que inicialmente era dirigida pelos padres, depois
pelas diretoras Ursulina Gomes, Silvina e Arturzita Santana, todas estas
nomeadas pela Mitra Diocesana.